terça-feira, 20 de outubro de 2009

[ o caso de Seattle ]
O projeto Open Space Seatlle 2100, é uma coalizão entre arquitetos, urbanistas, paisagistas, engenheiros, liderança comunitária, estudantes e cidadãos em geral, juntamente com a liderança pública na intenção de criar um plano de estratégias, para os próximos 100 anos, buscando desenvolver idéias para melhorar o bem-estar do ambiente cultural e natural da cidade. Com a visão de que a infra-estrutura verde será o conceito guia no sentido de criar uma cidade saudável e bonita, maximizando o potencial econômico, social e ecológico.

Em fevereiro de 2006 a o Departamento de Arquitetura Paisagística da Universidade de Washington buscou reunir dirigentes, diversos profissionais e cidadãos da cidade de Seattle para criar um plano para a implantação de um sistema de espaços abertos, que alcançariam além do centro urbano todos os limites da cidade, com a criação de parques, espaços cívicos, ruas trilhas, florestas urbanas que ligariam os bairros, estabelecendo corredores ecológicos com o objetivo de garantir que todos os cidadãos possam desfrutar destes espaços no futuro.


Espera-se que em 100 anos a população da cidade de Seattle dobre, partindo deste pressuposto o planejamento para a região devem enfatizar a necessidade de concentrar o crescimento da população, caso contrário o desenvolvimento vai continuar a expansão, envolvendo as áreas rurais e silvestres que devem ser conservadas.

Para que Seattle continue habitável, deve ser oferecido um sistema de espaços livres que ofereçam às pessoas o acesso aos espaços verdes e sociais onde vivem e trabalham. Esta proposta não é uma novidade para a comunidade, uma vez que a base do trabalho está relacionado ao sistema de parques iniciado em 1903 por Olmsted.

Olmsted acreditava que uma cidade com mais espaços abertos e com oferta de área de recreação para a comunidade propiciaria um estilo urbano mais agradável. A população das cidades sempre sente necessidade de espaços abertos públicos abertos, onde possa encontrar um cenário tranqüilo que tenha a ação de um antídoto contra as pressões e as tensões do trabalho.

Parte do esforço de Olmsted em educar o público norte-americano sobre a importância da existência dos parques foi mostrar seus benefícios a todas as classes sociais indistintamente e também seu papel como ponto de encontro para tosos os cidadãos, independentemente de sua formação (BEVERIDGE apud MACEDO, 2003).

A proposta de Open Space 2100 pode ser traduzida como a implantação de um sistema de espaços livres, interconectado, que proporcionará habitat e passagem para fauna e flora, além de criar uma cidade habitável, onde as pessoas e a vida selvagem podem prosperar juntas.

O plano de metas geral consiste em oito princípios: responsabilidade regional; integração multifuncional; equidade e acessibilidade; conectividade; qualidade, beleza, identidade e enraizamento; função ecológica; saúde e segurança; e a viabilidade (MARYMAN; ROTTLE, 2006).



A cidade foi dividida em 18 regiões (que representam as bacias hidrográficas), e em cada uma desta as equipes elaborou um plano de curto e longo prazo, estabelecendo as prioridades e estratégias de implementação. Sendo capazes de criar mapas detalhados representando os estágios para daqui a 20 e 100 anos.



Referência...
MACEDO, Silvio Soares Parques Urbanos no Brasil. Silvio Soares Macedo e Francine Gramacho Sakata. 2ª Ed. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa oficial do Estado de São Paulo.
MARYMAN, Brice; ROTTLE, Nancy. Open Space Seattle 2100. Department of Landscape Architecture. College of Architecture and Urban Planning. University of Washington. 2006. Disponível em 12.06.2009, às 16h25min. No link:
http://depts.washington.edu/open2100/project.html

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